Regeneração óssea. Uma das evoluções mais importantes a que assistimos nos últimos anos na na medicina dentária, contribuindo de forma decisiva para o sucesso de tratamentos como os implantes, foi ao nível do conhecimento que temos da regeneração óssea. A reconstrução dos ossos do maxilar, no caso específico da medicina dentária, tem sido feita com algum sucesso desde há 30 anos a esta parte, mas novos estudos e novas tecnologias trouxeram-nos a um outro nível de sucesso e de resultados para os pacientes.

Numa primeira fase, a comunidade médica acreditava que o melhor procedimento de regeneração óssea era aquele que era feito com osso do paciente – ele próprio um dador e recetor – ao qual se retirava osso de uma determinada região, para ser colocado no maxilar.

O caminho foi longo e foi preciso algum tempo para que a comunidade médica confirmasse que o melhor osso não é necessariamente aquele que é exclusivo do próprio paciente. Hoje sabemos que a melhor solução está num composto que garante várias funções, nomeadamente, um material que garanta as características osteo-indutoras do paciente, mas que assegure também uma matriz para que o osso amadureça e estabilize (dito de uma forma muito simplista, uma espécie de cofragem) e que inclua, ainda, proteínas que induzam a diferenciação óssea (e aqui estamos já a falar de componentes muito específicos).

O ideal, portanto, é um material composto. A vantagem é que hoje em dia não só somos muito mais eficazes, previsíveis nos resultados e no sucesso dos tratamentos, como garantimos por outro lado procedimentos menos invasivos, até porque deixa de ser necessário retirar osso de regiões dadoras.

Um exemplo concreto: num paciente que tenha perdido dentes há vários anos e em que a perda de osso é acentuada (quanto mais tempo sem dente, mais degradação do maxilar), um tratamento de regeneração óssea, capaz de fazer o osso suportar implantes dentários, é hoje alcançado com grande previsibilidade e taxa de sucesso. É também mais rápido do que no passado, e menos invasivo.

Esta evolução é tão mais importante se tivermos em conta que, perante o aumento da esperança de vida, surgem-nos cada vez mais casos de degradação severa do maxilar, devido à ausência prolongada de dentes. Conseguir dar resposta a estes casos é hoje algo possível, com grande taxa de sucesso, permitindo-nos resolver casos de pessoas que julgavam nunca mais recuperar os seus dentes na vida.

Para além de uma questão de autoestima, a recuperação da qualidade de vida é decisiva. Por isso, se equacionar um tratamento deste género, não hesite em consultar um especialista.