Não deixa de ser curioso que um país conhecido pela democratização do Serviço Nacional de Saúde tenha hoje mais de 2 milhões de desdentados. Seja por ineficácia de algumas políticas ou por simples falha de sucessivos Governos, a questão da saúde oral foi sempre desvalorizada ao ponto de hoje termos um verdadeiro problema de saúde pública. Para se ter uma ideia, 30% dos portugueses nunca foram ou nunca tiveram oportunidade de ir a um dentista...  

A situação não é, naturalmente, admissível. Especialmente se tivermos em conta que, nos casos de pacientes com mais idade, os problemas de saúde oral surgem relacionados com problemas cardíacos, diabetes, ou até casos oncológicos. É por isso que recebemos com algum entusiasmo as notícias que dão conta da contratação de dentistas para o Serviço Nacional de Saúde.  

Diz o Ministério da Saúde que, no final de 2017, os Centros de Saúde portugueses terão “50 médicos dentistas” disponíveis. O número pode parecer demasiado pequeno perante a dramática realidade, mas, esperamos, pode constituir também um primeiro passo para devolver a saúde oral aos portugueses.  

Creio que a inversão da realidade só é possível se o Estado cumprir a função a que se está a propor, assegurando os cuidados essenciais. Aos privados – como é o caso da GSD Dental Clinics – fica a responsabilidade de apresentar uma alternativa de excelência, acrescentando soluções e serviços, promovendo a investigação e a formação, e deixando sempre uma porta aberta para quem nos procura, nomeadamente na resolução de casos extremos, que não raras vezes nos acabam reencaminhados. Mas é preciso mais.  

Em 2017 podemos estar a iniciar uma viragem histórica na saúde oral dos portugueses. Até porque, convém não esquecer, temos entre nós os melhores dentistas do Mundo. Esperamos que assim seja.   

Obrigado,  
Gonçalo Dias