Mau hálito. Todos sabemos do que se trata, certo? É aquele odor incómodo que passa com uma simples escovagem de dentes. Ou não! Muitas vezes, o mau hálito – ou halitose – torna-se um problema persistente, e de persistente passa a constrangedor. Pensamos que fazemos uma boa higiene oral, que está resolvido, mas o odor regressa sempre, às vezes perceptível para quem nos rodeia. Mas porquê?

O mau hálito pode ter várias origens, algumas até mais improváveis, como problemas do foro gastro-intestinal, por exemplo. Geralmente, só chegamos a esses diagnósticos quando despistamos as razões mais frequentes. E essas são, na esmagadora maioria das vezes, as cáries ou as doenças das gengivas, tudo problemas geralmente relacionados com a retenção de alimentos na boca, porque resultam da acumulação de comida ou porque a favorecem. Importa termos consciência que, mesmo quando achamos que temos uma higiene oral cuidada, estamos sempre a acumular fragmentos de alimentos que, em conjunto com as bactérias, se degradam e provocam o mau odor. Por isso é que o simples escovar dos dentes não é suficiente e deve ser acompanhado do fio-dentário. E por isso é que a visita ao seu dentista é aconselhada de seis em seis meses, porque importa complementar com outros métodos de de limpeza (jacto de água, por exemplo) que não estão ao nosso alcance no dia-a-dia.

A visita ao dentista deve ser obrigatória, mas a intervenção médica é mais urgente quanto estão em causa os problemas nas gengivas, ou a chamada doença da periodontite. Aí, mais do que a limpeza e remoção de fragmentos das cavidades existentes nos dentes, o que está em causa é resolver as infecções nas gengivas e nos ossos que suportam os dentes. E essas, além do mau hálito, podem trazer complicação ainda maiores.

Quando foi a última vez que foi ao dentista? Pense nisso. Obrigado a todos!

E boa semana!  
Gonçalo Dias